No último dia 28 de novembro de 2013, a consultora do IADH – Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano Karina Zapata participou do Seminário Internacional Cidadania Ativa & Transformação Urbana, realizado pelo Sesc na cidade de Santos/SP. Na ocasião, que marcou e consolidou o Bombando Cidadania como experiência de referência dentro e fora do País, diversas pessoas mostraram interesse em conhecer a comunidade e se mostraram emocionadas com a apresentação. Entre o depoimentos recebidos, reproduzimos abaixo o depoimento da historiadora Deborah Motta:
» Confira, aqui, o clipping do jornal A Tribuna destacando a experiência da Bomba do Hemetério
“Olá Karina,
Meu nome é Deborah, sou historiadora social e trabalho há cinco anos com projetos sociais em urbanização de favelas.
Vi a sua apresentação ontem, no SESC Santos e gostaria de te falar que me fez um bem enorme. Me senti muito muito animada e, de certa forma, me “lembrei” do que me move a trabalhar com favelas em SP. Sim, a gente esquece…
Que bom saber que existem projetos tão bacanas e honestos em outras partes do país, que existem profissionais competentes, que existe (sim!) um engajamento para o trabalho social que não é panfletário. Sempre que estou no meião de uma favela eu me pergunto: “em quê eu posso ser útil aqui? eu mesma, branquela, classe média, aqui, nesse mundão de meu deus, nesse caldeirão, onde tudo é demasiadamente humano e intenso… e onde o poder público quase que não chega”.
Nem sempre eu encontro a resposta, porque quase sempre o cotidiano é árido, duro, violento e as instituições pouco levam a sério o que é demasiadamente humano. A solidão é uma constante e como é difícil encontrar parceiros nessa área. Não parceiros de trabalho. Parceiros de olhar e de idéias. Ontem me senti emparceirada contigo e minha vontade era de levantar e gritar:
– Karina! Onde voccê estava esse tempo todo?
Sabe aquela sensação de quando você encontra alguém que fala sua língua em terra estrangeira? Pois então… Enfim Karina, eu só posso agradecer ao universo por estar ali ouvindo o que você tinha a me dizer.
Obrigada.
Um beijo
Deborah Estri Motta”
